quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Na morte de Richard Holbrooke, enviado-especial do Presidente Obama para o Afeganistão e Paquistão



Richard Holbrooke, elemento de primeira linha da diplomacia norte-americana, enviado-especial do Presidente Obama para o Afeganistão e Paquistão, morreu esta segunda-feira, em Washington, aos 69 anos, depois de duas operações ao coração.

Com um currículo impressionante na área da mediação de grandes conflitos internacionais, teve papel fundamental nos principais sucessos diplomáticos da era Clinton: foi o grande arquitecto dos acordos de Dayton, que puseram fim à guerra na Bósnia (1995) e negociou a paz na Irlanda do Norte.

Ainda nos anos Clinton, foi embaixador norte-americano na Alemanha e nas Nações Unidas (cargo que lhe serviu de 'consolação' pelo facto de Bill Clinton não o ter escolhido para secretário de Estado no segundo mandato, acabando por prevalecer a opção por Madeleine Albright).

Na actual administração, Richard Holbrooke era encarado por Barack Obama e pela secretária de Estado, Hillary Clinton, como uma opção de primeira linha para os casos mais difíceis
: era o enviado-especial do Presidente para o Afeganistão e Paquistão e estava profundamente empenhado nesta primeira fase de negociações, iniciadas em Setembro, para o novo Processo de Paz para o Médio Oriente.

Numa daquelas ironias em que a História é pródiga, Holbrooke morre numa altura particularmente difícil para a diplomacia norte-americana, pelas ondas de choque internacionais das revelações de documentos secretos no «Wikileaks».

Na hora da morte de Holbrooke, Barack Obama não lhe poupou elogios: «Foi um verdadeiro gigante da política externa, que fez dos EUA um país mais forte, mais seguro e mais respeitado», apontou o Presidente dos EUA.

No mesmo registo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, observou: «Richard Holbrooke serviu a diplomacia americana durante 50 anos, com um brilho pouco comum e uma determinação única. Era um verdadeiro estadista». «Os EUA», sublinhou Hillary, «perderam um dos seus defensores mais ferozes e um dos seus funcionários mais dedicados».

2 comentários:

Anónimo disse...

Era um duro, já não se fazem diplomatas assim!!!

E do wikileaks, não fala? Tou à espera!!

Bjnho, Ana Teresa

Germano Almeida disse...

Talvez já no próximo texto, prometo :)

Beijinho.